Declaro que este humilde e anárquico espaço esquecido nos confins da Web se encontra em estado de luto por tempo indeterminado, pela morte de Michael Jackson.
Quem nunca tentou o Moonwalker que atire a primeira pedra! É isso aí, eu também compartilho da comoção mundial e não vou me estender. Apenas quero pontuar algumas coisas aqui:
-Eu sempre acreditei que Michael era inocente perante todas as acusações ridículas de pedofilia, e ainda que alguma das acusações fosse verdade, seria tudo culpa do pai dele.
-Eu sempre achei uma crueldade muito grande o que a imprensa fez com ele, o acusando de renegar sua negritude, quando o cara era doente e ainda era um dos artistas que mais contribuiram para o crescimento da black music.
-Alguém com a história de vida dele não poderia mesmo ser bem resolvido emocionalmente. Não estou afirmando que ele não era. Alguém que compõe "Heal the Word" certamente está em uma conexão com a vida bem mais intensa que o restante do mundo.
-Acho absurdamente medíocre um mundo onde gênios como Michael Jackson são atacados, acusados de loucos, ridicularizados. Onde todos querem arrancar um pedacinho dele, todos querem levar alguma vantagem à sua custa. Um mundo assim não merece os gênios e heróis que tem.
-Alguns dizem que é hipocrisia chorar sua morte, pois o Michael que choramos é o de décadas atrás e não a figura patética que ele se tornou. Eu digo que sonhos não envelhecem. E me dou o direito de chorar por um ícone da minha geração, que deve e merece ser respeitado e homenageado enquanto houver música e coração nesse mundo. Aliás, se ele não tivesse tamanha sensibilidade, não teria se transformado nessa "figura patética" para a qual todos nós o empurramos.
-Nunca mais vou ouvir "Ben" na minha vida. Se eu já me acabava de chorar antes, agora é auto tortura.
-Sim, eu estou tomada pela emoção e não me envergonho disso. Pobre do ser humano que não se permite emocionar.
Esta é minha pequena homenagem a esse artista, cuja existência povoa o mundo que conheço desde que nasci. Onde sua memória estiver presente, "i'll be there".
Sem mais.